Câmara Municipal de Penela

Casimiro Simões apresenta o seu novo livro em Penela

Casimiro Simões apresenta o seu novo livro em Penela


O último livro do escritor Casimiro Simões, especialmente dedicado a dois ilustres cidadãos que lutaram pela instauração da democracia em Portugal, António Arnaut e Louzã Henriques, falecidos em 2018 e 2019, respetivamente, vai ser apresentado em Penela, no próximo sábado, 14 de dezembro.

A apresentação de “Pessoas, Pensamentos e Palavras” (PPP), às 16:00, decorre no âmbito do Penela Presépio, com um programa cultural que inclui, uma hora depois, a atuação do grupo de cante alentejano “Os Caspirros”.

Nascido em 26 de outubro de 1959, no Casal dos Rios, concelho da Lousã, o jornalista Casimiro Simões acaba de completar 30 anos de atividade profissional ao serviço da Agência Lusa na Região Centro.

Com PPP, que inclui 70 textos, entre crónicas, contos, sátiras e outras ficções, o antigo diretor do jornal Trevim, da Lousã, evoca dezenas de figuras, públicas e menos conhecidas, maioritariamente ligadas à região.

Entre essas prosas, estão várias evocações do advogado e escritor António Arnaut, natural de Penela, que há 40 anos foi o principal obreiro do Serviço Nacional de Saúde.

O livro inclui ainda um conto de Natal inspirado no Penela Presépio e na realidade do concelho, intitulado “O presépio de luz do moleiro enfarinhado”, que será lido na sessão.

Contudo, Casimiro Simões rende homenagem a um conjunto mais vasto e diversificado de pessoas, como o ensaiador de ranchos João Arranca, os jornalistas João Mesquita, antigo presidente do Sindicato dos Jornalistas, e Américo Mascarenhas Estrelinha, o sindicalista Kalidás Barreto, o antigo delegado do INATEL em Coimbra João Fernandes, o bancário Fernando Velez, o eurodeputado Fausto Correia, o antigo diretor do jornal Mirante Augusto Paulo, de Miranda do Corvo, os advogados Alberto Vilaça e Luís Carlos Silva, o catedrático de Direito Orlando de Carvalho e o cantor José Afonso.

Amigo do autor de “Grândola, Vila Morena”, que teria feito 90 anos em agosto último, o compositor José Mário Branco, falecido em novembro, associa-se com o poema “Mudar de vida” à iniciativa editorial de Casimiro Simões.

São ainda recordados, alguns a título póstumo, os tocadores de concertina e gaita-de-beiços Manuel Serra e Joaquim Henriques Amante, o estivador Adriano Nunes, o sapateiro Juvenal Pinto, os luso-brasileiros Ti Zé Joana, padre Miguel Lencastre, António César Fernandes, Miguel dos Pregos e os sobrinhos deste empresário, Nelson e Teresinha, o antigo emigrante nos Estados Unidos Américo Carapinha, o opositor à ditadura Manuel Ramalho Gantes (que morreu em outubro, aos 93 anos), a professora Palmira Sales e seu irmão, o carteiro e músico José Adelino, além dos pais e dois irmãos mais velhos do jornalista: Joaquim e Maria da Conceição, José Augusto e Augusto Simões.

Na juventude, Manuel Gantes, Miguel Lencastre e José Mário Branco viveram na República dos Kágados, a mais antiga casa comunitária de estudantes de Coimbra, onde também Casimiro morou nos anos 80 do século XX, enquanto aluno da Faculdade de Direito.

A este propósito, o livro abrange histórias com o docente universitário José Luís Câmara Alves e outros kágados, designadamente José Lestra (advogado), Custódio Pinto Montes (juiz-conselheiro jubilado), Manuel Gaspar (professor), Carlos Santarém (ex-diretor da Biblioteca Municipal de Coimbra), Lusitano dos Santos (urbanista e catedrático jubilado da Universidade de Coimbra), José Maria Cruz Santos (professor e antigo comandante dos Bombeiros Sapadores da cidade), Humberto Rocha (médico) e José Lages (jurista), personagens reais em diversas prosas.

“Pessoas, Pensamentos e Palavras” é uma seleção de histórias verdadeiras e várias de ficção, entre inéditas ou já editadas em livros e outras publicações, com destaque para os jornais Campeão das Províncias, Diário As Beiras, Notícias de Coimbra, Trevim e o extinto Jornal de Coimbra.

Há também textos sobre jornalismo, liberdade de expressão e de imprensa e política internacional.

Com os últimos, Casimiro Simões satiriza, por exemplo, a relação do Reino Unido com Portugal e a União Europeia, a situação no Brasil e nos Estados Unidos da América, com a ascensão de Bolsonaro e Trump ao poder.

Concebida pela jovem artista gráfica Mariana Domingos, da Lousã, a capa conta com contributos na fotografia da grega Georgia Bounia, bem como de Luís Garção Nunes e Fernando Moura.



Data

12/12/2019

Categoria

Cultura